Depois de ter realizado sua melhor campanha na história dos Jogos Paralímpicos, em Paris-2024, com 89 medalhas, sendo 25 de ouro, 26 de prata e 38 de bronze, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) homenageou no último dia 12, no Tokio Marine Hall, em São Paulo, os melhores atletas do ano, na 13a edição do Prêmio Paralímpicos. Além dos melhores em cada esporte, os melhores atletas do ano, no feminino e no masculino, foram os nadadores Carol Santiago, de Pernambuco, e o mineiro Gabriel Araújo, o “Gabrielzinho”, de Minas Gerais.
Aos 39 anos, Carol Santiago, ganhou o prêmio de melhor do ano pela terceira vez, após as edições de 2021 e 2022. Atleta da classe S12 (baixa visão), ela se tornou a maior campeã paralímpica da história do Brasil em Paris-2024, no qual obteve três ouros (nos 50m livre, 100m livre e 100m costas) e duas de prata (100m peito e revezamento 4x100m livre 49 pontos). Com o resultado, a nadadora chegou a um total de dez pódios paralímpicos, com seis medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze.
“Foi um ano maravilhoso. Saio muito satisfeita. Foi uma preparação de três anos para os Jogos que me permitiram estar muito pronta para viver esses grandes resultados. Os atletas paralímpicos brasileiros fizeram história e fico muito honrada de fazer parte disso”, disse a atleta, que nasceu com síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz seu campo de visão. Praticou natação convencional até o fim de 2018, quando migrou para o esporte paralímpico.
Vitorioso e carismático, a ponto de ter sido apontado como o rosto de Paris-2024, o nadador Gabriel Araújo, 22, da classe S2 (comprometimento físico-motor), voltou dos Jogos Paralímpicos de Paris com três medalhas de ouro (100m costas, 200m livre e 50m costas). Também premiado como atleta masculino do ano em 2023 e revelação em 2021, o mineiro tem focomelia, doença congênita que impede a formação de braços e pernas.
Foto: Instagram @gabrielaraujo_s2
“Ter um reconhecimento destes para um atleta é maravilhoso. O ano de 2024 foi sensacional. Desde o primeiro dia do ano, sabia que seria diferente, mas não esperava algo que ficasse marcado desta forma”, reconheceu. “Claro que trabalhei muito pelos resultados e sabia o que eu era capaz de conquistar. Mas tudo o que aconteceu e a forma como aconteceu, em especial em Paris, transformou a minha vida e me levou a lugares que eu não imaginava. Agora é descansar com a família e voltar no ano que vem com força máxima”.
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