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Brasil tem a chance de enterrar tabu em antigo cemitério

A seleção brasileira feminina de futebol terá neste sábado, a partir das 7h, no horário de Brasília, seu maior desafio na Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. Do outro lado do gramado do Suncorp Stadium, na cidade australiana de Brisbane, estará a França, em duelo pela liderança do Grupo F da maior competição internacional feminina do Planeta Futebol. As brasileiras estrearam goleando as panamenhas por 4 a 0, com 3 gols de Ary Borges e um de Bia Zaneratto. Já a França não foi além do surpreendente empate sem gols com as jamaicanas.

Para os apreciadores de estatísticas, o Brasil terá pela frente neste sábado o incômodo tabu de jamais ter vencido a tradicional adversária em 11 confrontos. Houve seis triunfos franceses e cinco empates. Se ganhar, a seleção brasileira irá garantir a passagem à segunda fase do torneio.

“É um desafio. Temos uma grande chance e estamos vindo de uma grande vitória sobre o Panamá, que nos deu muita confiança. Fizemos o nosso dever de casa. A parte mais complicada é saber como a França vai jogar, mas encontraremos um caminho. Tenho um plano A, um plano B e um plano C. Então, estou muito animada para jogar contra a França” – declarou a treinadora sueca Pia Sundhage, em entrevista à Fifa. “Acho que é importante olhar para a forma como jogamos há alguns jogos e trazer esse tipo de jogo sempre que possível. Ao mesmo tempo, respeitar o fato de que a França é um time muito bom. Se a gente tiver equilíbrio nisso, tanto atacando quanto defendendo, assim, teremos um bom jogo.”

A última vez que brasileiras e francesas se enfrentaram em uma Copa do Mundo foi no torneio de 2019, disputado na própria França. Lá, as francesas eliminaram as brasileiras nas oitavas. Uma das atletas daquela seleção brasileira, a apoiadora Luana deixou clara sua confiança no grupo atual.

“Amanhã a gente vai ter a oportunidade de mudar esse cenário e sabemos também da importância que esse jogo tem na definição da classificação para a próxima fase, e com certeza vamos entrar para ganhar o jogo” – declarou Luana, que teve passagem pelo Paris Saint Germain. – “Eu acho que nós estamos prontas. O poder que temos no ataque é algo especial e isso vai ser a chave para o sucesso”.

      O duelo deste sábado terá um cenário tão bonito quanto inusitado. Mais conhecido como Brisbane Stadium, o Suncorp Stadium, incrustado no Lang Park, exibe uma história no mínimo curiosa.  Com capacidade para 52,5 mil torcedores, a arena também é sede de partidas de rúgbi, boxe e eventos de esportes radicais. Entretanto, no passado, o terreno abrigava um cemitério, desde 1843. À medida em que a cidade foi crescendo, os sepultamentos foram transferidos para o de Toowong, inaugurado em 1875.

 Foto:Divulgação/Aumstadiums

Com isso, no começo dos anos 1900, o antigo cemitério foi tomado pelo mato. Somente em 1914, com o crescimento da população em bairros próximos, o governo local criou o Lang Park, utilizado também como espaço para a prática de esportes e de recreação. Na década de 1950, o local passou a ser sede de jogos de rúgbi. Em 1994, um estádio foi construído e, depois, em 2003, reformado e reaberto nos moldes atuais. Nas Olimpíadas de 2032, que serão disputadas em Brisbane, a arena vai sediar partidas de futebol, inclusive as finais masculinas e femininas.

Também neste sábado, às 4h30m de Brasília, se enfrentam Suécia e Itália, pelo Grupo G. Já pelo Grupo F, o mesmo da seleção brasileira, Panamá e Jamaica jogam às 9h30m. Nas partidas disputadas entre a noite de quinta-feira e a manhã desta sexta, Argentina e África do Sul empataram em 2 a 2, pelo Grupo G; Inglaterra avançou para a segunda fase após derrotar a Dinamarca por 1 a 0; e, também pelo grupo D, a China bateu o Haiti por 1 a 0.

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