Com o Brasil já escolhido como país-sede da próxima Copa do Mundo Feminina de Futebol, em 2027, agora falta a definição das cidades e dos estádios aonde serão realizadas as partidas. Entre os dias 25 de setembro e 11 de outubro, especialistas da Fifa irão visitar o país para inspecionar toda infraestrutura das cidades candidatas e de suas arenas.
Nesta vistoria, serão avaliados os estádios, centros de treinamento, hotéis, redes de transporte, aspectos financeiros e possíveis locais para os FIFA Fan Festivals. As cidades-candidatas vão ter de assumir compromissos com a sustentabilidade e com o desenvolvimento do futebol feminino.
Em novembro, haverá outra visita de inspeção por parte dos representantes da federação internacional para concluir as avaliações nos centros de treinamento e hotéis, utilizados pelas equipes competidoras. Quando da candidatura, a CBF havia indicado dez cidades-sede com seus respectivos estádios. Entretanto, mais recentemente, em seminário virtual no dia 2 de setembro, a entidade nacional do futebol acrescentou mais duas cidades e duas arenas: o Mangueirão, em Belém do Pará; e a Arena das Dunas, em Natal. Entretanto, pelos critérios da Fifa são necessários no mínimo oito estádios para uma Copa do Mundo.
De acordo com a ex-jogadora de futebol neozelandesa Sarai Bareman, diretora executiva de Futebol Feminino da Fifa, ela e sua equipe irão realizar um processo claro e transparente para escolher os estádios e cidades-sede do torneio, como uma continuidade da candidatura.
“A equipe da FIFA analisará os principais critérios descritos no contrato de organização, em conjunto com a documentação fornecida pelas 12 cidades candidatas a sede e as conclusões das visitas de inspeção. Nosso objetivo é escolher os estádios e cidades-sede mais adequados, equilibrando aspectos técnicos e financeiros com os objetivos de desenvolvimento do futebol feminino”, esclareceu Bareman.
Ainda durante o seminário virtual, Bareman destacou que para a Fifa, esse evento é muito mais do que um simples torneio:
“Realmente representa uma oportunidade enorme de acelerar o desenvolvimento do futebol feminino mundialmente e também para vocês, para o seu país, o Brasil, as cidades-sede, e até as comunidades e os clubes envolvidos com o nosso esporte. Acredito que não existe um lugar melhor para acelerar o crescimento do futebol feminino do que o Brasil, que conhecemos como o país do futebol."
Foto: capital.saopaulo.gov.br
Segundo a dirigente, a edição anterior do Mundial, no ano passado, na Austrália e na Nova Zelândia, teve um impacto enorme naqueles países da Oceania.
“Houve um aumento do número de mulheres e meninas que estão participando, jogando pela primeira vez, se tornando treinadoras e se envolvendo no futebol", constatou a ex-atleta.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, considera que a Copa do Mundo de 2027 será um divisor de águas no Brasil, em relação à história do futebol disputado por mulheres.
"A Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027 será um momento histórico não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul, e levará o futebol feminino de seleções ao mais alto nível", previu Rodrigues. "Esse evento também é a melhor plataforma para promover transformações sociais no Brasil, deixando um legado duradouro e consistente para as mulheres e meninas da nossa sociedade."
Encerrados os processos de avaliação, o anúncio das cidades e de seus respectivos estádios para a Copa de 2027 está previsto para ocorrer em 2025.
Os estádios listados pela CBF e apresentados à Fifa para o Mundial Feminino de 2027 são: em Belém, Estádio Mangueirão; Belo Horizonte, Mineirão; Brasília, Mané Garrincha; Cuiabá, Arena Pantanal; Fortaleza, Castelão; Manaus, Arena da Amazônia; Natal, Arena das Dunas; Porto Alegre, Beira-Rio; Recife, Arena de Pernambuco; Rio de Janeiro, Maracanã (que sediou as finais das Copas do Mundo Masculinas de 1950 e 2014 e os torneios olímpicos de ambos os sexos na Rio-2016); Salvador, Fonte Nova; e em São Paulo, Arena Corinthians.
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