Terminada a vitoriosa campanha da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos de Santiago-2023, na capital chilena, até onde poderá chegar o Brasil nas Olimpíadas de 2024, em Paris? Na capital chilena, foram 205 pódios, com 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes. Nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 - disputados no ano de 2021 devido à pandemia da Covid-2019 - , a delegação verde-amarela pôde festejar 21 conquistas, sendo sete ouros, seis pratas e oito bronzes. E agora, para Paris, o que se pode esperar?
De acordo com estudos realizados pela consultoria Nielsen, os atletas brasileiros irão obter nas Olimpíadas parisienses os melhores resultados da história olímpica do país, com 26 medalhas, cinco a mais do que o tesouro esportivo conquistado em Tóquio. A Nielsen efetua um modelo estatístico denominado de Gracenote Virtual Medal Table, baseado em resultados individuais e de equipes em Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e Copas do Mundo anteriores, para prever os mais prováveis ganhadores de medalhas de ouro, prata e bronze por país.
Ainda de acordo com tal levantamento da consultoria, o Brasil deverá chegar ao top 10 do quadro de medalhas olímpico pela primeira vez, escalando dois degraus em relação à edição de 2020, quando ocupou a 12a posição ao fim do megaevento esportivo.
Foto: Laurence Griffiths/Getty Images
Segundo a mesma pesquisa, em Paris a delegação brasileira deverá preencher seu baú de conquistas com sete ouros (mesma marca dos Jogos do Rio-2016 e de Tóquio-2020), quatro pratas (contra seis no Rio e em Tóquio) e 15 bronzes, superando os oito do evento de Tóquio.
Outro dado importante diz respeito ao número de modalidades em que um país obtenha medalhas. Quanto maior o número de modalidades em que um país é premiado, maior a variedade de seus talentos esportivos e menor a dependência em relação a este ou aquele esporte. No Japão, o Brasil "medalhou" em 13 modalidades. Na França, de acordo com a Nielsen, isso vai ocorrer em 15 delas.
Diretor-geral do COB e chefe da missão brasileira em Santiago 2023, Rogério Sampaio afirmou ao site Globoesporte.com que o objetivo é sempre o de melhorar os desempenhos de torneios e competições anteriores.
"A gente sempre quer fazer amanhã melhor do que fez ontem. Esse era nosso objetivo no Pan e continua sendo nos Jogos Olímpicos. Porque a dificuldade de colocar uma meta no número de medalhas, porque a gente sempre corre o risco de um atleta que se machuca, se lesiona. Aconteceu no Pan e nada garante que não vai acontecer nos Jogos Olímpicos", alertou o ex-judoca, campeão olímpico em Barcelona-1992. "Mas pode ter certeza de que estamos trabalhando todo dia, 24h, junto com atletas e confederações para conseguir um resultado melhor do que foi nos Jogos de Tóquio".
Ainda de acordo com os dados da Nielsen, os Estados Unidos vão obter em Paris-2024 o maior número de medalhas: 35 ouros, 44 pratas e 47 bronzes (126 premiações). Em seguida, virá a China, com 31 ouros, 20 pratas e 24 bronzes, (total de 75), à frente do Reino Unido, com 18 ouros, 24 pratas e 23 bronzes (65 ao todo); e da França (país anfitrião), com 31 ouros, 16 pratas e 11 bronzes (somatório de 58). As outras delegações mais premiadas seriam Japão, Austrália, Itália, Holanda, Alemanha e Brasil, fechando o top 10.
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