O Mundial de natação paralímpica, que está sendo disputado em Manchester, na Inglaterra, voltou a dar alegrias para o Brasil, que terminou o terceiro dia de competição com 18 medalhas ( sete ouros, cinco pratas e seis bronzes). Um dos destaques do dia foi a pernambucana Carol Santiago, que já tinha conquistado o ouro nos 100m costas e borboleta, e, nesta quarta (2), nas eliminatórias, estabeleceu o novo recorde mundial dos 50m livre da classe S12, com 26s65. Na decisão, levou o ouro com um tempo um pouquinho maior, 26s71.
A nadadora nasceu com a síndrome de Morning Glory, uma deficiência que diminui o campo de visão. Após a conquista, fez questão de destacar a importância do técnico Leonardo Tomasello e do investimento que o Comitê Paralímpico tem feito nos paratletas brasileiros, permitindo que ganhem experiência em competições internacionais.
“Deu tudo certo. Tudo encaixou direitinho. Pela manhã [nas classificatórias}, foi a minha melhor prova. Foi o meu presente de aniversário”, comentou a paratleta, que comemorou o aniversário de 38 anos no pódio.
A festa brasileira continuou com as medalhas de ouro do mineiro Gabriel Araújo, nos 100m costas S2 (limitação físico-motora), do paulista Samuel de Oliveira, que bateu o recorde da competição e das Américas nos 50m borboleta S5 (limitação físico-motora) e da paranaense Débora Carneiro, nos 100m peito S14 (deficiência intelectual). Na final, Débora bateu o próprio recorde das Américas conquistado nas eliminatórias com o tempo de 1min15s10. A irmã gêmea, Beatriz Carneiro, que nadou ao seu lado pela vez em um mundial, ficou com a prata.
As paranaenses Débora e Beatriz Carneiro comemoram a conquista mentalizada
Foto: Alessandra Cabral/ CPB
“É uma emoção dividir o pódio com a minha irmã. Nós mentalizamos esse tempo de 1min15, escrevemos em nossos cadernos e conseguimos”, completou Beatriz.
Nos 150m medley SM4 (limitação físico-motora), foi a vez da mineira Patrícia Santos subir ao pódio para receber a medalha de bronze.
Com as novas conquistas, o Brasil, que é representado no Mundial por 29 nadadores de 10 estados, subiu da sexta para quarta posição no quadro de medalhas.
A Itália está na liderança (13 ouros, três pratas e seis bronzes), seguida pela China (10 ouros, 11 pratas e seis bronzes) e pela Grã-Bretanha (oito ouros, quatro pratas e seis bronzes).
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