Por Claudio Nogueira
Imagine a sensação de ter visto, ouvido ou participado de algo pela primeira vez. Algo absolutamente inédito, que ainda não havia sido feito ou conquistado. Deve ter sido esse o mel saboreado pelos mais de 47 mil torcedores que lotaram a Arena do Corinthians, em São Paulo, na última sexta-feira, 6 de setembro, para assistir ao primeiro jogo oficial da NFL (liga americana de futebol profissional) já disputado no Hemisfério Sul. E num confronto que reuniu os tradicionais Green Bay Packers, tetracampeão do Super Bowl, em 1967, 1968, 1997 e 2011, e Philadelphia Eagles, campeão de 2018, os Eagles levaram a melhor por 34 a 29, de virada, após terem ido para os vestiários perdendo por 19 a 17.
De tão bem organizado, com o objetivo de reproduzir no Brasil o ambiente de um jogo da NFL, o evento foi chamado de "Mini Super Bowl Brasileiro" por Jordan Love, quarterback dos Packers. O apelido fez jus ao evento, que emoldurou de verde e amarelo o escudo vermelho, branco e azul da liga profissional americana. Terminada a grande partida, já no começo da madrugada de sábado, 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, o sistema de som despejou a todo volume a tradicional "Fly, Eagles, Fly", hino do time da Filadelphia, que especialmente para este jogo trocou seu uniforme verde e branco por um inédito em branco e preto, para se identificar com o Corinthians, dono da casa. Já os Packers jogaram com o tradicional modelo em verde, amarelo e branco, e na corrida para o gramado, exibiram uma bandeira do Brasil.
Maior astro da noite, o running back Saquon Barkley brilhou pela equipe da Filadelphia, para a qual se transferiu do New York Giants, rival de conferência. O camisa 26 marcou três touchdowns - dois correndo e um aéreo -, sendo o responsável por 18 dos 31 pontos de seu time.
"Sou o primeiro a marcar na América do Sul, vou ter que pendurar essa camisa na minha casa. Foi elétrico. Um amigo meu estava no jogo de futebol aqui na semana passada e me mandou um vídeo, então eu já esperava que fosse uma energia especial. Aquele hino nacional (brasileiro), com todo mundo cantando juntos, me deu arrepios. Foi especial. Tive que me dar uma chacoalhada para não desfocar", declarou Barkley, que já tinha vindo ao Brasil anteriormente, a passeio.
Atento ao fato de que a maioria dos torcedores presentes apoiava seu time, o head coach dos Packers, Matt LaFleur, comentou que a primeira vinda da NFL ao Brasil não poderia ter sido melhor:
"Atmosfera insana, o público foi incrível. A oportunidade (de vencer) veio e não aproveitamos. As pessoas ficaram de pé o tempo todo e, no geral, foi uma experiência incrível a visita ao Brasil."
La Fleur tem razão. A "NFL à brasileira" teve destaques como o show de intervalo da superstar Anitta. No momento cívico, que antecede a todos os jogos, Luiza Sonza cantou com emoção o Hino Nacional Brasileiro antes do confronto, e o cantor brasileiro-americano Zeeba entoou "The Star Spangled Banner", o hino americano. Entretanto, não poderia ter faltado a espontaneidade brasileira. Esta apareceu quando, durante o jogo, o público cantou Evidências, da histórica dupla sertaneja Chitãozinho e Xororó, que se firmou como uma espécie de "hino nacional informal" do Brasil.
Terminada a grande partida, já no começo da madrugada de sábado, 7 de setembro, feriado da Independência do Brasil, o sistema de som despejou a todo volume a tradicional "Fly, Eagles, Fly", hino do time da Filadelphia, que especialmente para este jogo trocou seu uniforme verde e branco por um inédito em branco e preto, para se identificar com o Corinthians, dono da casa. Já os Packers jogaram com o tradicional modelo em verde, amarelo e branco, e na corrida para o gramado, exibiram uma bandeira do Brasil.
Agora, os fãs brasileiros da liga voltaram a acompanhar seus times pela TV ou pela Internet. Mas não mais sem sonhar com uma possível edição da temporada 2025/2026 da NFL à brasileira.
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