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Futebol Feminino luta dentro e fora de campo por vitória

    

     

     Os estádios e toda a estrutura utilizados na Copa do Mundo masculina de 2014 são considerados os maiores trunfos da candidatura brasileira à condição de país-sede da próxima Copa do Mundo feminina, a ser disputada em 2027. De acordo com o governo brasileiro e com as lideranças da campanha verde e amarela, além de obviamente buscar o título inédito dentro de campo, o país quer utilizar a competição para fazer com que o futebol de mulheres se torne definitivamente um sucesso no país, no que diz respeito aos resultados esportivos, ao aumento no número de praticantes, a um maior interesse de patrocinadores e à conquista de uma fatia importante na preferência dos desportistas brasileiros, mais acostumados, por exemplo, às versões femininas de outros esportes coletivos, como o vôlei e o basquete, do que ao futebol.

     Na última quarta-feira, dia 21 de fevereiro, em Brasília, delegados da Fifa vistoriaram o Estádio Mané Garrincha e mantiveram encontro no Planalto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro do Esporte, André Fufuca, e o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Mais tarde, no Rio, efetuaram uma vistoria no Maracanã. Até esta sexta, dia 23, a delegação da Fifa vai visitar também as cidades e estádios de Salvador e Recife. Nesta visita ao país, a comitiva da Fifa tem como objetivo avaliar os estádios, centros de treinamento para seleções e arbitragem, rede hoteleira e centros de imprensa.

     Na corrida para sediar o Mundial de 2027, somente o Brasil tem uma candidatura única. Os outros postulantes são Estados Unidos e México, em parceria; e o trio formado por Alemanha, Bélgica e Holanda. A sede escolhida será anunciada a 17 de maio, durante o Congresso da Fifa, em Bangkok, na Tailândia.

     Por já ter sido sede de uma Copa do Mundo masculina há dez anos, e pelo fato de as arenas daquela edição estarem em pleno uso, o Brasil considera que este seja um ponto altamente favorável na disputa. Entretanto, como Estados Unidos, Canadá e México vão sediar a Copa masculina de 2026, a candidatura de EUA e México ao Mundial feminino terá arenas ainda mais novas e modernas. Isto, porém, parece não reduzir o otimismo das autoridades brasileiras. 

     “A Fifa faz vistorias em quatro cidades do país. Se for escolhido o Brasil, terá jogos em dez cidades. Eles elogiaram a vistoria, falaram bem da estrutura dos estádios e citaram melhoria em relação à (Copa do Mundo de) 2014 - declarou o ministro Fufuca, acrescentando que o megaevento não terá custos tão elevados precisamente pela reutilização das estruturas de 2014:

     “Não precisaremos construir arenas, temos estrutura turística e hotéis. Acreditamos que o Brasil é o favorito”.

     Um entusiasta do futebol, o presidente Lula enfatizou que o governo federal cumprirá todos os prazos e vai entregar tudo o que for necessário, caso o Brasil seja escolhido como país-sede.

     “Acho importante a Fifa, no dia da decisão, levar muito a sério que nós somos um país que está pronto para receber qualquer evento esportivo. Não temos mais a preocupação de sermos tratados como um país em desenvolvimento, um país com problemas” - afirmou o mandatário, durante o encontro com a comitiva da federação internacional de futebol. 

     O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, por sua vez, se disse orgulhoso por estar recebendo os delegados da Fifa:

     “Nestes dias, vamos mostrar em detalhes o projeto brasileiro para receber a Copa do Mundo de 2027. Tenho a certeza que faremos o melhor Mundial Feminino da história.

     Enquanto autoridades e dirigentes se empenham em conquistar o direito a sediar a próxima competição mundial, a seleção brasileira feminina está nos Estados Unidos, disputando a Copa Ouro Feminina. A competição, que vai até o dia 10 de março, é da Concacaf (que reúne as federações nacionais das Américas do Norte e Central), e o Brasil foi convidado na condição de campeão da Copa América, da Conmebol, que reúne os países sul-americanos. É a primeira vez que a Concacaf convida equipes da América do Sul.

Ao todo, 12 seleções estão participando da Copa Ouro. As duas primeiras colocadas de cada chave e as duas melhores terceiras colocadas avançam para a fase eliminatória, com quartas de final, semifinais e final. Pelo Grupo B, o Brasil estreou com vitória  na competição. Venceu Porto Rico por um a zero com gol de Gabi Nunes, que saiu do banco de reservas para garantir uma vitória suada aos 35 minutos do segundo tempo. 



Foto: Instagram @paginafutebolfeminino


Comandadas desde setembro pelo técnico Arthur Elias, a maior meta das brasileiras é a conquista de uma medalha nos Jogos Olímpicos de Paris, em julho. Mas, antes disso, a equipe precisa impor seu favoritismo e afastar de vez as dificuldades de conclusão que levaram ao 0 a 0 contra a Jamaica  e à eliminação precoce da  Copa do Mundo de 2023 na Austrália e Nova Zelândia. Na ocasião, o fracasso foi atribuído em parte à treinadora sueca Pia Sundhage, que demorou a mexer no time e acabou sendo demitida após o Mundial.

O substiuto, Arthur Elias, lida com as mesmas dificuldades ofensivas. Mas, contra Porto Rico, não demorou tanto a reagir. Na madrugada de sábado para domingo, tem mais um desafio pela Copa Ouro. Desta vez,  a adversária  no Snapdragon Stadium, em San Diego, será a Colômbia.

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