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Ginástica Rítmica em clima de romance com o pódio

  O Brasil teve um bom desempenho na etapa da Romênia da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica, em Cluj-Napoca. No individual, Bárbara Domingos – que já havia sido a primeira brasileira da história a ter disputado todas as finais em uma etapa da Copa do Mundo de Ginástica Rítmica - brilhou na etapa romena da competição. No último domingo, Babi obteve a medalha de bronze nas fitas, com 32.350 pontos, atrás da ucraniana Taisiia Onofriichuk (32.900) e da húngara Fanni Pigniczki (32.900), que desempataram na melhor execução da ucraniana. A menos de uma semana da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, esse romance da seleção com o pódio não poderia ser mais promissor.


Foto: Ricardo Bufolin/CBG


     A coreografia de Babi foi montada com base em “Bad Romance”, de Lady Gaga, e a medalha foi conquistada na prova em que é especialista e na qual já havia obtido um bronze no ano passado, na etapa de Sofia, na Bulgária. Além disso, a atleta ficou em quinto no arco,  com 33.700, e nas maças, com 33.450 pontos. Na bola, foi a sétima, com 33.200. 


     “A confiança está cada vez maior. Acho que Babi foi a ginasta mais estável desta etapa. Ao todo, participou de oito séries – quatro na fase classificatória e quatro finais de aparelhos. Fez oito apresentações sem erros graves e isso é muito, muito importante”, comentou a treinadora, Márcia Naves, a Ninha. 


     A treinadora admitiu que chegou a ficar preocupada com o desempenho de Babi na competição de domingo. 


     “Estava um pouco apreensiva com a final de fita. Entre sair da área de competição, trocar collant, pegar aparelho e se preparar para entrar (e Babi tem todo um ritual) temos pouco tempo e ela não teve muita brecha para fazer as repetições”, relatou Ninha, antes de  prosseguir: 


      “Tratei de enchê-la de confiança, afirmei que ela não precisava de repetição, que estava mais que treinada e pronta e que era só entrar lá e fazer. E ela fez! Era muito difícil uma medalha nessa competição, numa disputa que reuniu praticamente todas as melhores ginastas do mundo. Mas conseguimos!” 


  Nas provas de conjunto, que foram disputadas no dia anterior, o conjunto brasileiro ficou com a medalha de prata no geral, com 71.850 pontos, atrás de uma das maiores favoritas nessa modalidade, a Bulgária, que somou 73.650. O bronze ficou com Israel, também forte candidata a um pódio em Paris, com 71.000 pontos. Na série mista, com três fitas e duas bolas, as brasileiras conseguiram 34.100, que é a maior nota já recebida pela seleção comandada pela treinadora Camila Ferezin. Na série simples, de cinco arcos, o Brasil alcançou 37.750. O conjunto brasileiro é formado por Sofia Madeira, Déborah Medrado, Duda Arakaki, Nicole Pircio e Victória Borges,. 


     Para a treinadora Ferezin, foi muito relevante a conquista da medalha de prata no geral, ainda mais que a equipe cometeu duas falhas graves, uma em cada série. 


     “Nos cinco arcos, perdemos o valor de uma colaboração porque não foi realizada uma passagem de atleta por dentro do arco. Perdemos 0,80 aí. No misto, uma bola caiu no chão, e fomos penalizadas em 0,50. Tivemos nota alta no geral porque fizemos ajustes”, explicou ela. “Elevamos o grau de dificuldade na série de arcos. Colocamos na cabeça que, na Olimpíada, todos os adversários vão acertar tudo. E aí o que decidirá será o nível de dificuldade”. 


     Embora o Brasil não seja considerado um favorito a um pódio olímpico na  ginástica rítmica, a seleção brasileira vem em excelente fase desde o ano passado. Prova disso é que em agosto de 2023, no Mundial de Valência, na Espanha, a equipe obteve o sexto lugar geral, assegurando a vaga para as Olimpíadas de Paris.  


     Nas etapas recentes da Copa do Mundo, nos dois últimos meses, as brasileiras colecionaram pódios. Em maio, em Portimão, Portugal, a equipe conquistou  um ouro na série mista, uma prata nos cinco arcos e uma prata na geral de conjunto. Em  junho, na cidade italiana de Milão, o grupo obteve duas pratas na Copa do Mundo em Milão, na Itália, no geral e nos cinco arcos. Por fim, na Romênia, em Cluj-Napoca, último evento antes das Olimpíadas, ficou com a prata em conjunto e o bronze individual de Babi.

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