Por Andréa Bruxellas
Já era de se esperar um espetáculo de luz e cores na primeira cerimónia de abertura olímpica da história realizada ao ar livre. Mas o espetáculo foi bem além do desfile das 205 delegações em 85 barcos que atravessaram 6km do Rio Sena. Ultrapassou a beleza de pontos turísticos icônicos e instalações esportivas.
Como um dos principais centros de moda, política, ciência e artes do mundo, Paris deu um show de criatividade. Mostrando um pot-pourri de estilos musicais, da americana Lady Gaga a cantora lírica franco-suíça, Marina Viotti, que com “Le Ça Ira”, canção símbolo da Revolução Francesa, reforçou ao mundo o espírito democrático e os ideais iluministas de liberdade, igualdade e fraternidade enraizados na cultura do povo francês. E mostrou outros como esportividade e solidariedade.
Não faltaram performances de artistas representando os trabalhadores que ajudaram a construir os muitos monumentos que fazem da França o país mais visitado do mundo. Os emblemáticos cabarés parisienses, que marcaram época no século XIX na capital francesa, também estiveram presentes em muitos momentos da cerimônia com suas plumas, franjas e a cancan, tradicional dança associada a cabarés como Moulin Rouge.
A embarcação da Grécia, país criador dos Jogos Olímpicos, foi a primeira a se apresentar ao público e a da França, lotada de atletas, fechou o desfile. Mesmo com a chuva fina, todos vibravam muito demonstrando a alegria de fazer parte da delegação do único país da história a sediar pela terceira vez os Jogos Olímpicos. Aos pés da Torre Eiffel a bandeira olímpica foi hasteada e os Jogos oficialmente abertos. Com direito a muito mistério em torno da tocha olímpica, que passou pelas mãos de ex-atletas como Zidane, Rafael Nadal, Nadia Comaneci e outros tantos de vários países, modalidades e gerações e, finalmente, depois de quase quatro horas de transmissão, acendeu a pira olímpica que subiu aos céus de Paris num balão ao som de Celine Dion.
Se o público não foi tão grande quanto o esperado, se a chuva atrapalhou ou se houve falhas de organização, tudo ficou em segundo plano diante do recado de paz da França, que na última década foi vítima de uma série de atentados terroristas e, nesta sexta-feira (26), sofreu tentativas de sabotagem em linhas de trens por parte de vândalos. Os Jogos Paris-2024 estão oficialmente abertos e a esperança do Comitê Organizador é que todos sejam bem-vindos, amem e imaginem, como um dia sonhou John Lennon, todas as pessoas vivendo e compartilhando o presente, a 33ª edição olímpica, Jogos inclusivos, urbanos, jovens e, pela primeira vez na história, com paridade entre homens e mulheres.
Programação olímpica deste sábado (27/07)
• 3h30 – Badminton simples feminino: Juliana Vieira
• 3h30 – Badminton simples masculino: Ygor Coelho
• 4h – Tiro esportivo carabina: Geovana Meyer
• 5h – Remo masculino: Lucas Verthein
• 4h30 – Hipismo CCE: equipes e individual
• 5h – Judô masculino e feminino
• 5h – Esgrima espada feminino: Nathalie Moellhausen
• 5h – Remo feminino: Beatriz Tavares
• 5h30 – Tiro esportivo pistola de ar: Philipe Chateaubrian
• 6h – Ginástica artística masculina: Arthur Nory e Diogo Soares
• 6h – Natação
• 7h – Skate street masculino: Felipe Gustavo, Giovanni Vianna e Kelvin Hoefler
• 7h – Tênis simples e duplas masculino e feminino
• 8h – Vôlei masculino: Itália x Brasil
• 9h30 – Ciclismo estrada contrarrelógio individual feminino: Ana Victoria Magalhães
• 10h – Tênis de mesa masculino e feminino
• 10h – Canoagem slalom: Ana Sátila e Pedro Gonçalves
• 10h30 – Boxe masculino e feminino
• 11h – Judô masculino e feminino: ouro
• 11h30 – Ciclismo estrada contrarrelógio individual masculino: Vinicius Rangel
• 12h – Skate street masculino: final
• 12h15 – Basquete masculino: França x Brasil
• 14h – Surfe masculino
• 14h – Vôlei de praia masculino
• 15h40 – Natação 400m livre feminino, masculino e revezamento 4x100m livre feminino e masculino: finais
• 18h40 – Surfe feminino
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