Por Andréa Bruxellas
A cerimônia de abertura dos Jogos Paris-2024 começa nesta sexta-feira, às 14h30 (horário de Brasília), e promete mexer com as emoções de espectadores do mundo inteiro. Nesta quinta, a estreia com vitória das seleções femininas de handebol e de futebol já causou alvoroço por aqui. Amanhã tem mais. A cidade das luzes, berço de filósofos iluministas, por si só já é um espetáculo à parte. O evento será realizado ao longo do rio Sena que tem mais de 700 km e é um dos símbolos desta olimpíada. O rio, historicamente poluído, recebeu investimentos de mais de um bilhão de euros para tratamento do curso d’água, onde serão disputadas as provas do triatlo e da maratona aquática.
Pela primeira vez na história a cerimônia de abertura olímpica será realizada fora de um estádio. O rio Sena corta o centro de Paris, o que significa que imagens de cartões-postais da capital francesa como a Torre Eiffel, a Catedral de Notre-Dame, o Museu do Louvre, os Jardins do Trocadero, o Museu De Orsay farão parte das transmissões do evento que começa na Ponte de Austerlitz e tem previsão de mais de três horas de duração. Tudo indica que o espetáculo com iluminação natural será inesquecível.
A TV Globo (aberta), o SporTV (fechada), a Globoplay (streaming) e a CazéTV (YouTube) estarão transmitindo com exclusividade toda a cerimônia, que promete surpresas. O desfile fluvial das delegações será feito em barcos com câmeras instaladas para captura das imagens, que serão transmitidas também em 80 telões estrategicamente posicionados. A cerimônia poderá ser assistida gratuitamente do cais superior, mas há muita gente pagando caro para ver o desfile dos atletas em pontos específicos da travessia.
Não se sabe ao certo o que mais além das belezas de sua capital os franceses pretendem mostrar ao mundo. Há especulações inclusive de que as cantoras Lady Gaga e Céline Dion fariam apresentações durante a travessia de 6km ao longo do Sena.
O casal de porta-bandeiras do Time Brasil será o canoísta Isaquias Queiroz e a capitã da seleção feminina de rugby de 7, Raquel Kochhann, primeira brasileira a disputar os Jogos Olímpicos após se recuperar de um câncer.
Será a maior cerimônia de abertura em termos de público e cobertura geográfica. A expectativa para o evento é grande, mas ainda maior para as competições. Ao longo da história, o Brasil já conquistou medalhas em 19 modalidades. Tem 150 medalhas olímpicas. O país destinou aos esportes olímpicos nos últimos 20 anos R$43,4 bilhões. Dos 276 atletas que participarão dos Jogos de Paris, 241 são beneficiários do programa do governo Bolsa Atleta, isto é, 87,3% da delegação.
Em Tóquio 2020, o Brasil bateu seu recorde de medalhas, 21 no total. A estimativa da revista norte-americana Sports Illustrated é de que conquistaremos 22 medalhas em Paris, uma a mais do que nas olimpíadas disputadas em 2021 devido à pandemia. Previsões menos otimistas como a publicada na última terça-feira (23) pela Gracenote/Nielsen, colocam o Brasil em 11º lugar, com 18 medalhas no total.
Mas, são apenas apostas. O resultado é sempre uma incógnita. Claro que tem os atletas com mais chances de medalhas, os favoritos. Mas surpresas boas acontecem e é justamente esse inesperado que aumenta ainda mais o brilhantismo de competições esportivas como os Jogos Olímpicos.
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