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Petrúcio, esperança brasileira nas paralimpíadas

Bicampeão paralímpico e tetracampeão mundial nos 100m da classe T47 (classe destinada a atletas com deficiência nos membros superiores), o velocista Petrúcio Ferreira dos Santos, de 27 anos, nascido no Rio Grande do Norte, mas radicado na Paraíba, é uma das esperanças de medalha da delegação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Paris, que terão início no próximo dia 28 de agosto, com encerramento a 8 de setembro. 


O velocista Petrúcio Ferreira depois de vencer os 100 m em Tóquio-2020

Foto: Wander Roberto/CPB



    A equipe brasileira de atletismo paralímpico está fazendo sua aclimatação na cidade francesa de Troyes, a cerca de 160km da capital francesa. No megaevento, o Brasil terá o recorde de 280 atletas, dentre os quais 255 com deficiência (no total, estão incluídos, por exemplo, os atletas-guias, que não têm deficiências), que irão tomar parte nas competições de 20 modalidades. Nos Jogos de Tóquio-2020, o país teve 259 atletas, e nos Jogos Rio-2016, como país-sede, o Brasil contou com 278 desportistas. Em Paris-2024, o objetivo da delegação como um todo é ser top 7 no quadro de medalhas. 

    Especificamente no caso do atletismo, haverá 71 atletas com deficiência e 18 atletas-guia, totalizando 89 competidores do país. Tal número representa um recorde do atletismo brasileiro em uma edição, superando a Rio-2016, com 61 desportistas e 18 atletas-guia da modalidade. 

      “Esta será a minha terceira vez nos Jogos Paralímpicos e estou mais ansioso do que na primeira. Agora, eu já sou conhecido e sei como é a cobrança, mas cheguei aqui para me divertir e tentar conquistar mais um título para o nosso país”, afirmou o velocista Petrúcio, do Pinheiros-SP. 

    Assim como já havia feito nos Jogos de 2016 e de 2020 (estes disputados no ano seguinte, devido à pandemia do coronavírus), Petrúcio vai disputar as provas de 100m e 400m.  

    Petrúcio está incluído na classe T47, em que T diz respeito a "track and field"(atletismo em inglês) e 47 se refere ao tipo de deficiência em seus membros superiores. Com apenas  2 anos de idade, o atleta sofreu um acidente com uma máquina de moer capim aos dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, abaixo do cotovelo.  

   Quando criança, ele gostava de jogar futsal e sempre foi muito rápido, o que chamou a atenção de um técnico, que o convidou para fazer atletismo paralímpico.  Em 2019, Petrúcio tornou-se o atleta paralímpico mais rápido do mundo com 10s42 nos 100m. Além dos títulos e pódios em Paralimpíadas e Mundiais, também já comemorou conquistas em edições dos Jogos Parapan-Americanos.  

“Hoje sou um Petrúcio mais experiente, mais cabeça. Estou focado nos treinamentos em João Pessoa e espero conseguir os resultados nas competições que ire participar, inclusive em Paris”, enfatizou ele, recordista mundial dos 100m na classe T47, com o tempo de 10s29, registrado em 31 de março de 2022, numa competição em São Paulo.  

      Para o coordenador de atletismo do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), João Paulo da Cunha, o número expressivo de praticantes do atletismo na delegação verde e amarela é resultado de um trabalho feito pela entidade há alguns anos, contabilizando também ciclos anteriores. Ele ainda explicou que o CPB utiliza dois critérios principais de convocação: resultados em Campeonatos Mundiais e posição no ranking mundial. 

  “A cota máxima de atletas por país no atletismo é de 73 competidores. Quase a atingimos. Talvez só a China tenha chegado a esse número”, ressaltou Cunha.  

    Numa prévia dos eventuais duelos entre atletas brasileiros e chineses que deverão se defrontar em Paris, no Mundial de julho do ano passado, também na capital francesa, o Brasil obteve mais medalhas que os asiáticos no total: 47 a 45. Entretanto, os chineses levaram 16 ouros contra 14 dos brasileiros.  

    No Mundial de maio deste ano, em Kobe, no Japão, a delegação verde e amarela ficou na  vice-liderança no quadro de medalhas, com 42 pódios (19 ouros, 12 pratas e 11 bronzes), em sua melhor campanha na história de Mundiais Paralímpicos de Atletismo.  

    A cidade de Troyes está servindo de estágio de aclimatação não apenas para o atletismo, como também para para as equipes de badminton, canoagem, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cegos, golbol, judô, remo, natação, taekwondo, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas e vôlei sentado.

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