Oito anos depois de a praia mais famosa do país e uma das mais conhecidas em todo o mundo ter recebido o torneio olímpico de vôlei de praia nas Olimpíadas Rio-2016, Copacabana vai ser novamente a sede de uma competição internacional deste esporte. A lacuna começará a ser preenchida a partir desta quarta, dia 6 de novembro, até domingo, dia 10, quando Copacabana, no Rio de Janeiro, vai sediar a etapa Elite do Circuito Mundial.
Será um mês de festa para o vôlei de praia em Copacabana. A arena da praia também vai sediar, de 20 a 23 de novembro, a décima e última etapa da temporada 2024 do Circuito Brasileiro. E o Circuito Brasileiro sub-21 fechará a sequência de eventos, entre os dias 25 e 27.
É a retomada da soberania da Princesinha do Mar. Os eventos realizados no Rio, mais especificamente em Copacabana, e nas praias norte-americanas da Califórnia, ajudaram a alavancar o crescimento mundial do vôlei de praia. Nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016, o Brasil obteve dois pódios em casa: o ouro de Alison/Bruno Schmidt e a prata de Ágatha/Bárbara Seixas.
O vôlei de praia é um dos esportes nos quais o Brasil é mais vitorioso nos Jogos Olímpicos, com 14 medalhas, sendo quatro ouros, sete pratas e três bronzes. Nas Olimpíadas de Paris-2024, Duda e Ana Patrícia foram as campeãs olímpicas numa arena icônica, montada aos pés da Torre Eiffel. Já no ranking mundial feminino da Federação Internacional de Vôlei (FIVB), a liderança é verde e amarela, por meio de Carol Solberg e Bárbara Seixas, com 6.820 pontos, seguidas por Anastasija e Tina, da Letônia, com 6.780, e pelas alemãs Müller e Tilmann, com 6.740. Já no masculino, o top 3 é ocupado por Åhman e Hellvig, da Suécia, com 8.100 pontos, seguidos pelos holandeses Boermans e De Groot, com 7.140, e por Ehlers e Wickler, da Alemanha, com 6.980. A melhor parceria brasileira é a de George e André, com 6.980. Vale observar que Duda e Ana Patrícia não ocupam a liderança no feminino porque o torneio olímpico não contou pontos para o ranking. Além disso, a dupla deixou de participar de algumas etapas do Circuito, após as Olimpíadas.
Conforme observou o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), o ex- treinador Radamés Lattari, a Praia de Copacabana é um dos berços do vôlei de praia, e será muito especial para a entidade realizar essas etapas neste local em um ano tão importante para a modalidade.
“Voltamos a subir no lugar mais alto do pódio olímpico, e vivemos o vôlei de praia intensamente por todo o país em 2024. A CBV trabalhou para levar seis etapas do Circuito Mundial a diversas cidades do Brasil, e nosso país foi o único a realizar tantos torneios desse porte. O evento em Copacabana será a coroação dessa temporada”, afirmou Lattari.
O Circuito Mundial terá etapas na China, de 13 a 17 de novembro; na Índia, de 21 a 24 de novembro; de 28 de novembro a 1 de dezembro, nas Filipinas; e as Finais, de 4 a 7 de dezembro, em Doha, no Catar, no encerramento da temporada internacional.
A etapa carioca do Circuito Mundial começa nesta quarta-feira (6), a partir das 9h, com a fase classificatória. Já a fase de grupos será dispoutada nos dias 7 e 8 de novembro, quinta e sexta-feiras, também a partir das 9h. No sábado, dia 9, haverá as oitavas de final, entre 9h e 12h, e as quartas de final, das 15 às 18h. No domingo, dia 10, serão disputadas as semifinais das 9 às 12h e as finais, entre 15h e 18h.
Segundo Jorge Bichara, diretor técnico da CBV, os torneios dos circuitos mundial, brasileiro e sub-21 vão reativar a antiga ligação entre o Rio de Janeiro e o vôlei de praia.
“Vamos relembrar o passado histórico da Praia de Copacabana, comemorar as vitórias do presente, e já olhar para o futuro. O Rio de Janeiro é um celeiro importante de talentos. Teremos a comissão técnica permanente da CBV presente na peneira, em mais um passo no constante processo de renovação da modalidade”, concluiu Bichara.
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