Por Maura Ponce de Leon
O país do críquete e do rúgbi não será mais o mesmo depois da Copa do Mundo Feminina da Fifa. Com mais de 1,5 milhão de ingressos já vendidos para o evento, a competição serviu para mostrar que o futebol conquistou de vez o coração dos australianos. Números da Football Australia apontam para cerca de 2 milhões de praticantes no país, sendo 22% mulheres.
Mas, mesmo com toda torcida das “Matildas”, apelido da seleção australiana, eu que moro há 13 anos na Austrália com o meu marido e filho, tenho tido a oportunidade mesmo é de matar a saudade das cores do Brasil. Seja torcendo para Austrália ou para o Brasil, as duas cores predominaram pelas ruas da cidade nos últimos dias. Embora a Austrália adote o verde e amarelo no esporte como referência à acácia, árvore considerada símbolo do país, nunca antes tinha visto a cidade de Brisbane tão colorida.
Mesmo com a derrota do Brasil para a França no sábado (29), tanto a imprensa australiana quanto a internacional de uma maneira geral continuou exaltando a energia da torcida brasileira e funcionários do Brisbane Stadium, sede dos jogos em Brisbane, disseram que nunca viram nada igual.
Já me sentindo um pouquinho australiana por morar aqui e também pela simpatia deles com o verde e amarelo, compartilho a ansiedade em relação ao duelo contra o Canadá, nesta segunda-feira, às 7h, horário de Brasília. O confronto, válido pela terceira e última rodada do Grupo B, será disputado em Melbourne. Em terceiro lugar na chave, a Austrália precisa vencer o Canadá que, com quatro pontos, joga pela vitória ou empate para confirmar a classificação às oitavas-de-final.
Mas, como brasileira, torço mesmo é pela vitória do Brasil contra a Jamaica.
Foto: arquivo pessoal da jornalista
Na próxima quarta-feira (2), será a vez da torcida canarinho reforçar o colorido da cidade de Melbourne e ser a 12ª jogadora da seleção no Melbourne Rectangular. Após uma vitória e uma derrota nas duas primeiras rodadas, contra o Panamá e a França, o Brasil soma três pontos e para avançar rumo à próxima fase, precisa da vitória. Mas, independentemente dos resultados, uma coisa posso garantir: Assim como no Brasil, o número de fãs e praticantes de futebol feminino na Austrália só vai aumentar até a Olimpíada de Brisbane, em 2032.
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