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Brasil lança a sorte para 2031 com as belezas do Rio e de Niterói na disputa

    Agora, como diziam os antigos romanos, “a sorte está lançada”.  Cidades meio que irmãs, que se dão as mãos por parte de uma ponte de cerca de 14km de extensão ou por um serviço de barcas, Rio de Janeiro e Niterói tiveram oficializada pela PanamSports, a entidade que organiza os Jogos Pan-Americanos, a candidatura conjunta ao direito de sediarem os Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de 2031. A oficialização ocorreu no dia 30 de abril, quando da entrega à Panam Sports do dossiê elaborado  por ordem dos prefeitos do  Rio , Eduardo Paes, e de Niterói, Rodrigo Neves. 

    As cidades do Estado do Rio de Janeiro irão representar o Brasil numa disputa com Assunção, capital do Paraguai, a outra candidata. O processo de escolha será realizado em agosto próximo, cerca de seis anos da realização do megaevento. Endossada por cartas dos governos federal e estadual, além do Comitê Olímpico do Brasil (COB)a proposta brasileira gira em torno de  U$S 667,5 milhões, o  equivalente a R$ 3,8 bilhões para a promoção de ambos os eventos esportivos. A Panam Sports aceitou oficialmente a proposta na última quinta, dia 1 de maio.  

   A postulação de Rio-Niterói se edifica sobre três colunas:  torná-las um celeiro de talentos esportivos; originar uma política sólida de qualificação dos profissionais do setor de esportes; e garantir que o legado dos eventos esportivos anteriores realmente beneficie o continente americano. As datas previstas para os Jogos Pan-Americanos são de 8 a 24 de agosto de 2031; e para os Jogos Parapan-Americanos, de  7 a 16 de setembro do mesmo ano. No planejamento dos locais de competição, estão previstas cinco zonas: Deodoro, com Parque Radical, Parque Olímpico de Deodoro e Centro Olímpico Equestre; Barra da Tijuca, incluindo Riocentro, Parque Olímpico da Barra da Tijuca, Campo Olímpico de Golfe e Boliche Social Club; Porto Maravilha, com Estádio Olímpico Nilton Santos (Engenhão) e Maracanã; 

Copacabana, que engloba Aterro do Flamengo, Escola de Educação Física do Exército, Praia de Copacabana, Forte de Copacabana e Estádio de Remo da Lagoa; e a de Niterói, com o CT do Barreto, Caminho Niemayer, Concha Acústica, Ginásio do Caio Martins, Praia de Icaraí, Praia de São Francisco, Praia de Charitas, Praia de Itacoatiara e Praia de Gragoatá.  

    Já o futebol terá partidas não só no Maracanã, mas também em Belo Horizonte (Estádio Mineirão), Brasília (Estádio Mané Garrincha), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Itaquera). A Vila Pan-Americana, por sua vez, será construída na região do Porto Maravilha com sete prédios, 1.551 unidades com dois dormitórios e 532 apartamentos com três dormitórios, para 7,5 mil atletas de mais de 40 nações.  

    Para o prefeito do Rio, Eduardo Paes, trata-se de uma oportunidade incrível para ambos os municípios, como foram a Copa do Mundo-2014, Olimpíadas de 2016 e o Pan de 2007. Segundo ele, Assunção está em vantagem, por já ter tentado o direito ao Pan anteriormente e por ter construído sua  candidatura com bastante antecedência, mais do que a do Rio e Niterói. 

    “Mas é aquele negócio, o Rio é irresistível, o Brasil é irresistível, tem o fato de a cidade estar pronta, os equipamentos estarem prontos, investimento praticamente zero, muito baixo, o que faz com que a gente tenha uma vantagem comparativa muito grande. Mas, sempre respeitando a cidade de Assunção, respeitando o adversário”, - afirmou Paes. “Quando a gente olha para esses grandes eventos, eu olho para a cidade como se ela estivesse disputando uma prova. E temos que ganhar o ouro. A experiência que a gente tem no Rio é que esses grandes eventos, essas competições esportivas, são inspiradoras para sonhos que, eventualmente, em tempos normais, não realizaríamos. Será que teríamos feito a implosão da Perimetral, aqueles túneis todos, o Boulevard Olímpico, os BRTs, se não tivéssemos tido a provocação olímpica? É difícil, não são ações simples. Do ponto de vista do interesse das cidades, neste caso, é a oportunidade de trazer investimento em infraestrutura. O legado está aí. No início, as pessoas desconfiavam do legado da Olimpíada e entregamos, literalmente, tudo que nos comprometemos.” 

    Entre as obras de  infraestrutura das cidades, está prevista a a construção da Linha 3 do Metrô (Rio-Niterói-São Gonçalo), a transformação de corredores de BRT (Transcarioca e Transoeste) em VLT e a conclusão do primeiro trecho do VLT de Niterói, ligando o Barreto ao Centro. Paes brincou com o prefeito niteroiense, Rodrigo Neves, sobre o fato de que moradores de uma cidade têm uma bela vista da outra.   

    “Essa história de as duas cidades fazerem juntas tem a consolidação de um processo que aconteceu 50 anos atrás, que foi a fusão do antigo estado da Guanabara, com o antigo estado do Rio de Janeiro, cuja capital era Niterói. Tem um simbolismo dessa fusão. A vista que eles têm da cidade do Rio é incomparável. Imagina o sujeito poder jogar vôlei de praia olhando para o Rio de Janeiro? Niterói tem uma pintura atrás, que é a cidade do Rio de Janeiro. E vemos as belezas de Niterói também”, comparou Paes. “Niterói e Rio têm essa baía que nos liga, duas cidades muito bonitas, com paisagens incríveis, equipamentos icônicos. A vista do Museu de Arte Contemporânea com o RJ ao fundo é indescritível. Então, é tudo a mesma coisa, estaremos juntos e misturados”. 

      O colégio eleitoral da Panam Sports é formado por 41 Comitê Olímpicos Nacionais, mas o total de votos em disputa é de 53 votos já que os países que já organizaram a competição têm direito a dois votos. 

 
 
 

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