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Fortalecida pelo reconhecimento, rainha Marta diz estar pronta para o “mata-mata”

Brasil e Jamaica fazem em Melbourne, na Austrália, nesta quarta-feira, a partir das 7h de Brasília, um jogo decisivo que poderá entrar para a história da modalidade no Brasil. A partida, válida pelo Grupo F da Copa do Mundo Feminina da Fifa, poderá ser a última da camisa 10 Marta em Copas do Mundo, caso a seleção brasileira não consiga vencer as adversárias. Em terceiro lugar na chave, com 3 pontos, as brasileiras estão atrás das francesas e das próprias jamaicanas, que têm 4, cada. No confronto, somente o triunfo interessa às brasileiras. O empate levará a Jamaica para as oitavas de final.

“Temos que fazer acontecer dentro de campo, para que possamos nos sentir confortáveis nessa situação. Antes de a bola rolar, é tudo igual. Quando rolar, temos que mostrar o nosso futebol. Isso vai depender do nosso desempenho. Até então, não tem nada definido”, enfatizou a Rainha em entrevista coletiva nesta terça-feira (1).

Por uma escolha da treinadora sueca do Brasil, Pia Sundhage, Marta não tem começado como titular. Nos dois jogos até momento – vitória de 4 a 0 sobre o Panamá e derrota de 2 a 1 para a França – a supercraque entrou no decorrer do segundo tempo.

“Estou preparada para jogar, não sei quantos minutos, isso é com ela [Pia Sundhage], mas se tiver que jogar o tempo todo, eu vou jogar. Se tiver que jogar alguns minutos, vou jogar alguns minutos. Estou bem, treinando normal. Não tem nada que me impeça de entrar amanhã em jogo e dar o meu melhor. Não sei se consigo jogar os 90 minutos, vou lutar para jogar os 90 se ela decidir me colocar em campo para jogar. Estou bem e preparada”, garantiu a camisa 10.

Na coletiva, Marta analisa os ganhos das mulheres com o futebol

  Para Marta, é óbvio que a partida será nervosa, porque, embora ainda faça parte da fase de grupos, acabou se transformando num mata-mata pelas circunstâncias do grupo:

“Para nós, começou [o mata-mata] antes do previsto. Temos uma equipe qualificada, mas são jogos de grandes competições. Estamos jogando uma Copa do Mundo, temos que estar preparadas para tudo. Para nós que já vivemos esse momento, temos que estar preparadas. Como a [técnica] Pia [Sundhage] falou, amanhã é um jogo decisivo, e não queremos voltar para casa cedo. Queremos continuar na competição”.

Aos 37 anos, ela acabou se emocionando e chorando – assim como alguns jornalistas presentes à entrevista ao lembrar que há 20 anos ninguém sabia quem ela era e que foi só a partir de 2022 que o futebol feminino brasileiro virou referência para o mundo de igualdade de oportunidades para mulheres, inclusive no jornalismo.

“Hoje, a gente sai na rua e os pais falam: ‘Minha filha quer ser igual a você’. Hoje temos nossas próprias referências. Não teria acontecido isso sem superar os obstáculos. É uma persistência contínua. A gente pede muito que a nossa geração continue assim”, torce a artilheira, autora de 17 gols em Copas, um recorde em mundiais masculinos e femininos.

Marta está convicta quanto à classificação contra as jamaicanas:

“Estou tão focada na partida que não parei para pensar que esta pode ser minha última coletiva em uma Copa do Mundo, porque não vai ser. Estou confiante e acredito que vamos seguir na competição”.

Em todas as participações nas nove Copas femininas, o Brasil só foi eliminado na fase de grupos em duas ocasiões, nas edições de 1991 e de 1995. Em 1991, na China, a seleção brasileira foi a terceira do Grupo B, com apenas uma vitória; e em 1995, na Suécia, a última da Chave A, também com um triunfo. Portanto, há 28 anos, a equipe nacional não é eliminada de um Mundial feminino na fase de grupos.

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