Organização do Mundial de Ginástica Rítmica realizado no Rio ganha destaque internacional

O 41º Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica, realizado na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, encerrado no último domingo (25) obteve um saldo histórico para o esporte brasileiro e um reconhecimento internacional sem precedentes. Reconhecido pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) como um dos melhores de todos os tempos, o evento foi o primeiro do tipo a ser sediado na América do Sul e reuniu mais de 650 participantes, alcançando mais de 70 países em transmissões globais.

Foto: Divulgação/CBG

A grandiosidade da organização e a paixão da torcida brasileira foram os grandes diferenciais. O presidente da FIG, Morinari Watanabe, elogiou o evento: "Graças ao excelente trabalho do Comitê Organizador e ao vibrante apoio dos fãs, este Campeonato figura entre os melhores da história. A atmosfera na arena refletiu a cultura única do Brasil e seu amor pela dança — um palco ideal para a Ginástica Rítmica".

Em quadra, o Brasil deu um show. O conjunto nacional, com as ginastas Duda Arakaki, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Maria Paula Caminha e Mariana Gonçalves, conquistou duas medalhas de prata inéditas. No sábado (23), a equipe ficou com o vice-campeonato geral, e no domingo (25), voltou ao pódio na final da série mista (três bolas e dois arcos). Ao som de "Evidências", a apresentação vibrante rendeu a nota de 28.550, deixando o conjunto brasileiro a apenas 0.100 do ouro.

A técnica Camila Ferezin celebrou o resultado como a concretização de um sonho plantado há 15 anos. "Foi um trabalho de formiguinha, fomos subindo degrau por degrau, e ao longo desses 15 anos conseguimos chegar no topo. A gente se reestruturou como equipe, trouxe mais tecnologias para o nosso dia a dia, se profissionalizou, e todo mundo deu o seu melhor", destacou.

O sucesso do Mundial também deixa um legado importante para o esporte no Brasil. O presidente do Comitê Organizador Local, Ricardo Resende, afirmou que o evento inspirou novas gerações de praticantes e deixou uma estrutura de ponta, com 13 tablados que serão utilizados para a construção de novos centros de treinamento. O Mundial contou com o trabalho de 300 voluntários, essenciais para o acolhimento das delegações, e foi transmitido pela CazéTV, SporTV e TV Globo, além de canais internacionais