“Não é só sorte” – Miguel Ângelo da Luz e o melhor basquete feminino do mundo”. Esse é o nome da biografia do técnico que comandou a seleção brasileira feminina de basquete mais vitoriosa de todos os tempos. Foi sob o seu comando que a equipe brasileira obteve as duas maiores conquistas da história, o inédito título mundial que quebrou a hegemonia de Estados Unidos (EUA) e União Soviética, em 1994, na Austrália, e a medalha de prata olímpica nos Jogos de Atlanta, em 1996.
O livro, escrito pelos jornalistas Luciano Victor Barros Maluly e Marcelo Cardoso, conta a trajetória do treinador e de como ele aproveitou o talento de jogadoras brilhantes para colocar o basquete feminino brasileiro anos luz à frente.
Com competência, Miguel uniu comissão técnica e jogadoras em torno de um objetivo comum. Além das histórias vividas durante os anos que conviveram juntos, o livro traz depoimentos das ex-jogadoras Paula, Hortência, Janeth, Marta, Alessandra, Cintia Tuiú, Helen e, também, dos então integrantes da comissão técnica; Sérgio Maroneze, Hermes Balbino; dos jornalistas Juarez Araújo e Marcelo Barreto, do falecido assessor da seleção feminina campeã do mundo, Sérgio de Barros, além de parentes e amigos do treinador. A redação da biografia e o trabalho de pesquisa, que envolveu cerca de 30 entrevistas, levou mais de quatro anos.
Coube aos jornalistas João Pedro Paes Leme, que cobriu oito Olimpíadas, e Marcelo Barreto, apresentador do Redação SporTV/ Rede Globo, escreverem o prefácio e o posfácio.
A produção do livro, que será lançado no próximo dia 30 de setembro, no Gurilândia Clube, no Rio de Janeiro, é do professor Plinio Martins Filho e da equipe da COM-ARTE, editora universitária ligada ao Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. O livro também conta com uma dedicatória especial a Valdir Baptista, professor, jornalista e cineasta, que faleceu antes de ver a obra pronta.
Que Miguel Ângelo da Luz estava no lugar certo e na hora certa, ninguém tem dúvida. Tampouco que os títulos, inéditos até hoje, foram conquistados apenas por sorte.
O ex-jogador de basquete estadunidense Magic Johnson, estrela do Los Angeles Lakers na década de 80, e que esteve no Brasil na semana passada e manifestou interesse em investir no esporte brasileiro, tem uma frase que explica bem os resultados obtidos pela geração de prata do basquete. “O talento nunca é suficiente. Com raríssimas exceções, os melhores jogadores são os trabalhadores mais esforçados”. Que o diga Miguel Ângelo da Luz, um trabalhador incansável.
Serviço
Data: 30 de setembro de 2024
Horário: 18h30
Local: Salão de Festa do Gurilândia Clube, Rua São Clemente, 408, bairro do Botafogo, Rio de Janeiro
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